10/17/2012

Filipe Leal

Filipe Leal (Setúbal, 1966). Possui a Licenciatura em História (FLL), o Curso de Especialização em Ciências Documentais (FLL) e o Curso de Especialização em Estudos das Informação e Bibliotecas Digitais (ISCTE). Obteve em 2007 o grau de Mestre em Ciências da Educação - Educação e Leitura (FPCE).

Desde 1988 que exerce a atividade de bibliotecário em diversas bibliotecas públicas portuguesas. Foi Chefe de Divisão de Bibliotecas (2002 – 2007) e Diretor do Departamento de Cultura (2007 – 2011) na Câmara Municipal de Oeiras. Foi Coordenador do Programa de Celebração dos 250 Anos de Oeiras (2008 – 2010). Atualmente está a trabalhar no Plano Estratégico para o Parque dos Poetas.

Ao longo dos anos tem desenvolvido um conjunto diversificado de projetos pioneiros na área da promoção da leitura e na área da aplicação das tecnologias de informação e comunicação na criação de novos serviços em bibliotecas públicas.

Para além da sua atividade como bibliotecário desenvolve também uma atividade regular de docência e formação na área das bibliotecas públicas. Foi docente no Curso de Especialização em Ciências Documentais na Universidade Autónoma de Lisboa. É formador associado de diversas instituições, entre as quais se destacam: Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas (BAD), centros de formação de professores.

Recentemente lançou o projeto empresarial BibliotecAtiva, que, sob o mote «transformamos bibliotecas» desenvolve atividades de formação e de consultoria na área das bibliotecas (com particular enfoque nas bibliotecas públicas).

José Afonso Furtado

José Afonso Furtado (Alcobaça, 1953) é licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL).

Entre 1987 e 1991, foi presidente do Instituto Português do Livro e da Leitura.

Docente do Curso de Especialização em Ciências Documentais (FLUL, 1992-95) e do Curso de Especialização em Técnicas Editoriais (FLUL, 1994-2002), atualmente leciona no Curso de Pós-graduação em Edição: Livros e Novos Suportes Digitais da Universidade Católica Portuguesa, assegurando o módulo O Livro e a Edição na Era Digital.

 Foi diretor da Biblioteca de Arte da Fundação Calouste de Gulbenkian (1992-2012), instituição onde integra o Conselho Consultivo do programa Leitura Digital.

É membro da Comissão de Honra do Plano Nacional de Leitura.

Foi agraciado com o grau de grande oficial da Ordem do Infante D. Henrique em 2012.

Participa em diversos livros conjuntos e publica regularmente em revistas de prestígio nacionais e internacionais, como Letras de Hoje, revista publicada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Revista de Comunicação e LinguagensTrama y Texturas.

10/16/2012

Nuno Seabra Lopes

Nascido em 1976, no Porto, é acima de tudo um idólatra do livro.

Viciado confesso nunca quis fazer nada na vida que não tivesse a ver com livros, tendo que trabalhar entre eles para poder pagar a sua dose diária de letras impressas.

Formado em Estudos Europeus por não existir curso de edição em Portugal no século passado, tem a pós-graduação para Técnicos Editoriais e Mestrado em Estudos Editoriais pela FLUL, para além de outros papelitos de formações que habitualmente se metem nos CVs só para encher.

Trabalha em edição desde 1999, tendo passado por várias editoras de Lisboa e Porto antes de co-fundar a Booktailors - Consultores Editoriais, em finais de 2006 (data oficial é de 2007), onde foi sócio-gerente e consultor sénior, acabando por sair em 2011 com a sensação de dever cumprido.

Especialista em edição e publicação, com enfoque na estratégia, marketing e gestão de projetos, esteve envolvido em vários projetos como a criação de marcas e chancelas editoriais, rebranding de marcas, desenvolvimento de estratégias de publicação, análises e avaliações diversas e até, acusa-se, da reformulação da Feira do Livro de Lisboa e Porto.

Gosta de dar aulas e por isso ensinava Edição, Estratégia Editorial, Marketing do Livro e Gestão de Projetos Editoriais, inicialmente na Faculdade de Letras de Lisboa (2003/2008) e depois na Booktailors (2007/2011), confessando que aprendeu imenso com os alunos.

Companheiro exemplar, pai babado, dono extremoso e adulto com tendências hiperativas, é igualmente redator de resumos biográficos sem vergonha. Atualmente está a desenvolver novos projetos na área editorial e tem a certeza que vai ser cada vez mais feliz.

Se tiverem que lhe dizer alguma coisa, não o façam, escrevam. Após tantos anos a sua memória só funciona assim.

Nuno Medeiros

Nuno Medeiros tem os temas relacionados com o livro como temas preferenciais de pesquisa e reflexão.

É na confluência da sociologia e da história que tem procurado conhecer e dar a conhecer o universo do livro em Portugal na contemporaneidade.

 Autor do livro Edição e Editores: o mundo do livro em Portugal, 1940-1970, encontra-se a redigir tese de doutoramento sobre as Edições Romano Torres.

 É investigador na Universidade Nova de Lisboa e professor no Instituto Politécnico de Lisboa.

 Não consegue evitar perder-se frequentemente nas estantes da livraria onde foi criado e que ainda hoje é dos seus pais, a Culsete.

Rui Beja

Rui Beja nascido em Lisboa em 1944, é mestre em Estudos Editoriais pela Universidade de Aveiro, licenciado em Controlo Financeiro pelo Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa e membro da Ordem dos Economistas, da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas e do Instituto Português de Corporate Governance.

Esteve ligado, desde 1971 e ao longo de 30 anos, ao maior grupo de comunicação europeu, o grupo Bertelsmann, tendo sido director financeiro e depois presidente do Círculo de Leitores (1992-2001), da Fundação Círculo de Leitores (1992-2001) e da Bertelsmann Portuguesa SGPS.

No âmbito da sua presidência no Círculo de Leitores foram criados a editora Temas e Debates, o Prémio Literário José Saramago, a Fundação Círculo de Leitores e as Olimpíadas da Leitura.

Foi agraciado pela Presidência da República com o grau de Comendador da Ordem do Mérito.

Exerceu mais tarde funções de administrador não executivo da Lisboa Editora (Grupo Porto Editora), de 2007 a 2009, foi professor auxiliar convidado da Universidade de Aveiro onde leccionou Gestão Editorial no curso de Mestrado em Estudos Editoriais, no ano lectivo 2007/2008, e foi presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (2008-2009).

É autor dos livros Risk Management: Gestão, Relato e Auditoria dos Riscos do Negócio (2004), À Janela dos Livros: Memória de 30 Anos de Círculo de Leitores (2011) e A Edição em Portugal (1970-2010): Percursos e Perspectivas (2012).

Hugo Xavier

Hugo Freitas Xavier (n. 1976) é licenciado em Línguas e Literaturas Modernas pela FLUL na variante de Estudos Portugueses e Ingleses. Falta-lhe entregar um trabalho (o qual ainda hoje - quase dez anos transactos - é esperado pelo Prof. Dr. José Afonso Furtado) para concluir a pós-graduação em Técnicas Editoriais na mesma Universidade.

Teve um avô que lhe despertou o gosto pela literatura ao contar-lhe histórias que dizia retiradas de um livro fabuloso mas que, na realidade, eram uma colagem trabalhada de várias historietas oriundas de livros, jornais ou, pura e simplesmente, petas - devido a esse facto em tenra idade aprendeu o significado do termo 'ficção' (sobretudo depois de, numa tarde, ter verificado livro-a-livro a enorme biblioteca do seu avô em busca do tal volume, sem sucesso).

Começou a trabalhar em edição por volta dos 7/8 anos quando decidiu retalhar as valiosíssimas revistas de banda desenhada dos tios que encontrou numa "arca do tesouro" em casa da sua avó do Porto.

Questionado sobre o que estava a fazer, rapidamente informou que escolhia as melhores histórias para fazer uma revista muito mais interessante. Para tremendo pavor dos seus familiares a quem uma especialista psicotécnica tinha dado falsas esperanças, decidiu ser editor... de livros!

Leva já uma carreira de mais de uma dezena de anos onde se orgulha de ter publicado largo número de obras escolhidas como livros do ano em Portugal e se arrepende pois continua pobre e sem dinheiro para construir uma casinhota perdida entre a Peneda e o Gerês onde encafuar a sua já demasiado volumosa biblioteca.

Começou na Vega, nas Edições Compêndio e nas Edições Século XXI, às ordens de Assírio Bacelar onde conheceu Diogo Madre Deus com quem fundou a Cavalo de Ferro da qual foi editor durante mais de sete anos. Pelo meio elaborou projectos de restruturação editorial para a Civilização e para a Editorial Estúdios Côr. Passou, felizmente de forma fugaz, pela Fundação Agostinho Fernandes onde foi director editorial de várias chancelas da dita Fundação.

Em 2010 foi convidado para ser director editorial da Ulisseia, do Grupo Babel e, poucos meses depois, também da chancela Arcádia e K4. Também aí conseguiu, até à sua saída em Outubro de 2011, ver mais de uma dezena de títulos seleccionados como livros do ano.

Pelo meio de tudo isso fez edição de texto e várias traduções. Foi convidado e declinou a fazer parte da direcção da UEP. Actualmente encontra-se desempregado.

Não tem cor política, abomina a incompetência e a estupidez, detesta generalizações e extremismos. Gosta de investigar a História do Livro e da Edição e, se tivesse de voltar a estudar, imiscuir-se-ia numa Sociologia da Edição.

Quando lhe perguntam se é editor, gosta de responder - para impressionar - , o mesmo que disse desde a sua primeira entrevista: é um leitor desiludido que deitou mãos à obra e não se ficou.

Ainda não localizou, até hoje, o livro cujas histórias o avô lhe contava mas não tenciona desistir tão cedo sobretudo desde que descobriu que esse livro nunca existiu.

João Carlos Alvim

João Carlos Alvim contou-se, em 1972, entre os fundadores da Assírio & Alvim, por cuja direcção literária se responsabilizou até 1981.

Trabalhou depois em diversas editoras. Fez parte do grupo de consultores do programa «Acontece» (RTP2), de Carlos Pinto Coelho.

É actualmente consultor da Editorial Estampa e da Nova Vega.

Catarina Araújo

Nasceu em Lisboa, em 1981. Licenciou-se em Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa e frequentou a pós-graduação em Edição de Livros e Novos Suportes Digitais, da Universidade Católica de Lisboa.

Desde cedo dedicou-se à escrita, mas só aos 19 anos decidiu que queria ser escritora e só aos 25 descobriu que na impossibilidade de viver da escrita, haveria de trabalhar na edição de livros. Assim começou a sua jornada – contactar editoras a fim de colaborar numa delas. Finalmente, em 2007, surgiu a oportunidade de ir trabalhar para a Editora Pergaminho, oportunidade essa que agarrou de imediato. Trabalhou como Coordenadora de Conteúdos durante quatro anos na Editora Pergaminho e no Grupo Bertrand Círculo, após o que desempenhou funções como Assessora de Comunicação nas Livrarias Bertrand.

Entretanto publicou vários livros, desde a área do infantil e do juvenil, ao romance e à poesia. Pratica muitas atividades além da escrita, entre as quais a fotografia e a culinária. Tem sempre muitos projetos em mente. Alguns já cumpriu, outros está a trabalhar para torná-los realidade.

Dora Batalim SottoMayor

Sempre me interessaram os livros enquanto objecto de comunicação estética e observar as relações que se podem estabelecer a partir de deles com o resto do universo e com os seus leitores. Neste duplo sentido, aqueles livros que assumem também a ilustração e o design como linguagem indispensável transformam-se em território ainda mais vasto de possibilidades e cruzamentos. É nele que me situo. 

Nasceu em Lisboa em 1969. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Estudou Sociologia e Ciências da Educação, na vertente de Educação e Leitura, e fez mestrado em Livros e Leitura para crianças e Jovens em Barcelona, lugar onde prossegue o doutoramento na mesma área.

É coordenadora pedagógica da Pós-Graduação em Livro Infantil da Universidade Católica de Lisboa, professora na Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich, nos cursos de licenciatura e mestrado, e formadora nas áreas de Literatura, Promoção da Leitura e Bibliotecas Escolares junto de várias entidades.

Colabora com o Sector de Educação da Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito de actividades de carácter artístico-pedagógico para o público infanto-juvenil e adulto. Trabalha com a Direcção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas há vários anos, participando em projectos específicos na área da promoção da leitura e na concepção e orientação de acções para profissionais da área da leitura.

Está ligada a vários projectos na área do livro, literatura, literacia e pedagogia. Cria e adapta materiais pedagógicos e traduz livros para crianças.

Em 2008 e 2009, integrou o júri do Prémio Nacional de Ilustração.