1/16/2013

BiblioHistória

Em mais do que um post deste blogue falou-se da importância da memória, de como só registando e recordando, ou seja, consultando os nossos arquivos sempre que necessário, conseguimos ter um entendimento mais aprofundado e correto da nossa cultura, do nosso percurso.

Para registar memória, no entanto, é necessário esforço, tanto de tempo como de recursos, mas foi isso que o escritor Pedro Almeida Vieira fez nestes últimos anos, iniciando o BiblioHistória, uma base de dados de obras de literatura de género histórico de escritores portugueses.

Durante este período foi possível aproveitar o esforço de Pedro Almeida Vieira sem qualquer contrapartida, uma dádiva que, sempre que necessitaram, foi utilizada.

Pela validade do projeto, a sua editora e respetivo grupo onde está inserido (Sextante Editora/ Grupo Porto Editora) mantiveram um financiamento de 600,00€ anuais para pagamento de despesas (de manutenção dos sistemas informáticos, alojamento, etc.). Em 2013 esse financiamento foi cancelado.

Pedro Almeida Vieira, no entanto, não quer cancelar o projeto e, inclusive, tem planos de desenvolvimento da plataforma, permitindo melhores capacidades de pesquisa e interatividade, mas para tal vê-se a braços com um esforço adicional.

Numa sociedade em rede, composta por pessoas interessadas, devemos intervir no que nos está mais perto. Devemos agir enquanto sociedade civil e, quando chamados, tentar melhorar o espaço à nossa volta, em vez de sempre nos queixarmos de como perdemos tudo.

Na campanha de Crowdfunding agora iniciada, Pedro Almeida Vieira pede apenas um valor simbólico, 1000 euros  para tudo, e promete algumas melhorias. Se entre todos nós dermos 5,00€ em vez de os gastarmos hoje de tarde em algo menos útil, nem sequer iremos reparar na saída desse dinheiro e estaremos a contribuir para a manutenção do projeto. Basta que 200 pessoas o façam e este projeto subsiste.

Esta é uma daquelas alturas em que se pergunta se basta só um post, se basta só reclamar no facebook, se estamos a ser sinceros quando nos sentimos ofendidos ao perdemos mais um elemento cultural desta sociedade onde nos inseridos, se nem sequer 5,00€ somos capazes de dispor.

Para contribuir é fácil, carreguem nesta hiperligação e o resto torna-se evidente.

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