1/14/2013

Manuel «Livreiro Velho» Medeiros

Não é todos os dias que alguém faz 77 anos e ainda se mantém a trabalhar e a pensar em livros.

Manuel Medeiros, aka «Livreiro Velho», nasceu faz hoje 77 anos, quarenta anos antes de mim.

A coincidência é apenas fruto de um calendário que segue o Sol em vez da Lua, fruto de uma contagem que corre em torno de um planeta que roda.

Signos, astros e Fernando Pessoa à parte, coincidimos também no facto de querer que alguma coisa mude, o que com 77 anos é extraordinário.

Manuel Medeiros, além de fazer anos, dedicou um post a este blogue, onde refere duas coisas que me parecem importantes. A primeira é a da profundidade das ideias, logo, da utilidade das discussões não orientadas. A segunda é a da responsabilidade associada às palavras.

Tendo sempre sido um homem interessado, ainda hoje Manuel Medeiros organiza (com a sua esposa, Fátima, e o apoio incondicional do Luís Guerra) o Encontro Livreiro, na Culsete, em Setúbal, reforçando com acções aquilo que diz.

Quanto a responsabilidades, todos as temos, quem fala e quem não quer falar. Mas Manuel Medeiros toca num ponto importante (note-se que neste post Manuel Medeiros alarga a consideração a todos os blogues de livros). Falar é fácil, eu que o diga que falo tremendamente. Apesar disso, já tentei implementar várias ideias no sector mas, de todas elas, e para já, terei tido sucesso em parte demasiado pequena para o meu gosto. De ideias goradas a projetos «desviados» dos propósitos iniciais, passando pela inércia ou pelo excesso de acções que nos impedem de avançar com tudo, acho ainda que devemos fazer mais, que devo fazer mais.

Cada um de nós tem um dia de ano novo, o meu é hoje e, como tal, este é o meu desejo. Não a mala Chanel mas a capacidade de, tal como a Rosa Azevedo tem feito, continuar a ser motor de mudanças. Como Thomas Edison disse, nós nunca falhamos, apenas descobrimos que de 10.000 formas diferentes algo não funciona.

Nuno Seabra Lopes

1 comentário:

  1. QUAL É O MEU ESPANTO, CERTAMENTE TODOS COMPREENDERÃO.
    E O QUE ME APETECE É DIZER QUE «ISTO NÃO FICA ASSIM»...
    PARABÉNS NUNO E DAQUI A QUARENTA ANOS CONTE-NOS
    COMO FOI IR ERRANDO E ACERTANDO...
    OBRG
    MM

    ResponderEliminar