11/13/2015

Crítica Editorial

Desta feita o crítico sou eu.

Ou melhor, a partir desta data, e com uma periodicidade na pior das hipóteses quinzenal, farei uma coluna de crítica de livros do ponto de vista editorial. Nada de falar sobre autores e enredos, coisas do âmbito da crítica literária: eu, é mais livros.

Mas acima de tudo, criticar edição não é dizer que se sabe fazer melhor. Como editor percebo melhor do que ninguém as contingências da profissão e as dificuldades dos colegas (excesso de trabalho, hierarquia de relações com outros departamentos e autores, etc., etc.) que concorrem para que, por vezes, algumas coisas corram menos bem. Todos erram, eu também erro.

No entanto, editar é uma arte maior que merece a atenção de uma crítica especializada, e ao analisarmos o trabalho efectuado estamos a informar o público e a ajudar a criar critérios que definam o que é um bom trabalho editorial. Estamos, igualmente, a dignificar uma profissão que não merece ficar escondida por detrás do trabalho do autor.

Assim sendo, do editing à revisão, da tradução à ilustração, dos materiais à produção, passando pelo design e pela estratégia comercial e de promoção, tudo deverá ser alvo de um olhar atento.

Por fim, refira-se que uma crítica tem sempre algo de opinião e visão do próprio. Aquilo que eu observo como um defeito pode, por vezes, ser analisado de forma contrária e até comprovada com mais certeza, pelo que o contraditório é sempre interessante. Afinal, nada é mais científico do que a crítica, a economia e a meteorologia.

Espero que gostem.
Nuno Seabra Lopes

Sem comentários:

Enviar um comentário