12/03/2015

Cosac Naify

 

Para quem não saiba, a editora brasileira Cosac Naify anunciou o seu encerramento.

Caso também não saibam, a Cosac Naify era, provavelmente, uma das mais extraordinárias editoras do mundo, e certamente a mais extraordinária em língua portuguesa, porque não só apostava em nichos culturais de difícil retorno, como arte, design, cinema, arquitectura ou fotografia (para além da literatura, onde se destacam a existência de autores portugueses como Valter Hugo Mãe) mas, acima de tudo, fazia-o com uma qualidade gráfica e de produção difíceis de igualar.

Ou seja, eram um dos meus heróis.

Charles Cosac, o seu fundador e director, justificou o fecho com a incapacidade de poder continuar a publicar como gosta, ou seja, com qualidade. Que não está para reciclar livros em domínio público (como tinha já começado a fazer) para tentar pagar contas ou passar a publicar livros mais comerciais.

Ou seja, é ainda o meu herói.
(pena tenho é que a realidade não seja aos quadradinhos)

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